31de Maio,2023

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14 Aug Written by 

Faz Hoje… anos a Fichinhas

Traditional Cache Fichinhas [Gerês] by musa, nas Velas Brancas no coração do Gerês, distrito de Braga.

takes more than 1 hour not recommended at night watch for livestock hike between 1km-10km scenic view

 

Found it August 7, 2010 by ­Pache


#1926

1/3 - A subida ao Topo

Quando saí uma cache na zona verde do mapa, é logo de imediato alvo de atenção. Quando saí uma cache na zona verde do mapa e ainda tem o addon de ter muitas estrelinhas no terreno, então é mesmo um desafio a cumprir. E depois de estar quase um ano na "to do list", de já ter olhado de perto 3 vezes sem lhe poder tocar, hoje foi o dia em que ou vai, ou racha! E foi... 

O despertador tocou às 05h30... e às 06h já estava na Lionesa para o ajuntamento. A aniversariante também chegara e logo ficou quentinha... isto de fazer anos e não levar o cachaço da praxe... ah e tal, é menina... e?
Estavam todos, faltava o nacs, que depois de lhe ligar lá percebemos que estava no carro ali ao lado a dormir. Afinal foi o primeiro a chegar e tudo. E lá seguimos viagem, com os habituais pitstops na A3 para o Café e no Continente de Braga para levantar mais carga. Dos presentes, que já tinham as Fichinhas entaladas na garganta por duas vezes, faltou o manco por razões laborais. Foi substituído pelo Óscar que não estando tão habituado como os restantes a este tipo de percurso violento, já tinha visto o local das Fichinhas cobertas de neve a quando do assalto às Sombrosas. Terá sido a altura em que estivemos então mais perto delas.

Eram 8h quando tínhamos chegado à Tribela, junto à casa do sr.Diamantino. Ainda poupamos uns kms valentes nas pernas desde o Arado, e tinhamos passado ao largo de um FTF... nem sei como os maluquitos não quiseram fazer o desvio, talvez o medo do calor que aí vinha. GPS zerado e siga viagem.

Começamos a descer até à ponte das Servas, passando ao largo da My Blue Lagoon e tendo essa ficado como objectivo final para molhar os tarecos. Ainda tivemos uma descida de estradão e a partir daí seria sempre a subir até à Rocalva. Ainda era cedo, o calor já se fazia sentir, mas não o abrasador suficiente que fizesse cheirar a porco assado. Algumas paragens para recuperar folgo, e a primeira mais a sério numa casa de abrigo já bem alto, onde se esperava que tivesse água mas nérias.

Um pouco mais acima ficamos numa varanda fantástica onde foi possivel um workshop de objectivos passados e outros por conquistar. Cada um daqueles cumes podia ter uma cache, mas convenhamos que um powertrail por estes lados não faz grande sentido. Se por vezes penso que já chega de caches no Gerês, que já não nos mostram nada de novo, por outro lado penso que se assim não for não tenho o estímulo para regressar. Já avistávamos os objectivos de hoje e apareceu então o famoso "Éjali". De regresso ao trilho, e ainda se pensou em atalhar já directo às Fichinhas por um desvio devidamente assinalado com mariolas. O melhor era seguir por onde sabíamos e no regresso inventar um pouco.

Foi mais ou menos neste ponto que descobri que tenho o Intestino Espásmico. Tive de parar e esperar que parasse... e não, não ia desistir... até de rastos, hoje eu faria as Ficinhas! 500m à frente um pequeno Oásis com uma fonte onde fizemos mais uma paragem reforçada. Estávamos já a pouco mais de 1km da Rocalva e ontime. O ponto foi marcado para o regresso e a racionalização da água mais ou menos efectuada tendo em vista de novo a passagem por cá.

Seriam umas 12h30 quando estavamos junto à Rocalva. Parece pequena não parece? Mas junto à sua base esta rocha branca é imponente. Ainda tive de trepar até ao ponto zero para ajudar nas buscas. E as Fichinhas já se avistavam... A malta queria agora uma sombra para almoçar... esqueçam lá isso. Primeiro vamos ao nosso objectivo e depois almoçam, cacham, dormem, whatever.

2/3 - O Objectivo

O caminho agora era desconhecido e era assim a modos que a olho, tentando ultrapassar as pequenas "montanhas" sempre pelo lado aparentemente mais fácil. Um ruído ao fundo fez-nos acreditar que seria um veado. Já na última passagem por estas bandas avistamos um que gania e bem pela montanha acima. Desta vez era mesmo um cão... e o seu pastor. Esta malta tem uma vida difícil por estas terras, mas a verdade é que tem um contacto e um conhecimento destes trilhos que eu me encho de inveja. Algumas trocas de palavras, e logo nos avisou que para ali era o desfiladeiro, as Fichinhas eram lá em baixo. Ok, mas nós vamos ali primeiro ver o desfiladeiro... o ed sempre pelo lado direito, não fosse o vento empurrar-lo para a esquerda, e a 180m já era possível ver onde estava, quase de certeza. A última trepadela e ... "FINALMENTE FOUND IT!".

Depois de assinada a cache, desfrutado o local e a vista 360º, descemos um patamar para almoçar. Não havia sombra, mas havia 35º de calor, havia uma brisa que sobrava de quando em quando... havia comida e amizade, portanto não faltava nada. Quando iniciamos a marcha de regresso, tínhamos no computador de bordo 3h a caminhar e 3h parados. Foram 6h até cá em cima e o meu palpite era para 4h até lá em baixo. Decidimos também atalhar, seguindo as mariolas, que nos fez poupar talvez mais de 1km de trilho. O caminho agora era quase sempre a descer e já não era o pulmão que ficava castigado mas sim os dedos dos pés.

A descida alternativa levou-nos até um vale com mais um prado, onde o nosso amigo pastor estava a repousar junto a um penedo com sombra. Nós, estávamos a tentar não passar muito perto por causa do gado, mas o havia gado que fazia questão de passar por perto de nós. Eu, que ainda tinha forças suficientes, saltei o rio para o lado de lá... nããã... eu não quero confusão com seres com tamanhos cornos  Descobri é que há mais alguém que tem o mesmo sentimento que eu...

Passado esse prado, estávamos agora num trilho bem definido e que nos levaria ao encontro do que fizemos na subida. Desta vez, e por incrível que parece, nem inventamos muito! Esse encontro foi feito 500m abaixo da fonte de água. A malta da frente não queria voltar para trás, mas eu tinha a água contada e tinha mesmo de abastecer. Decidi por-me ao caminho... afinal de contas mais tarde ou mais cedo eu apanhava-os na descida. Fiz o caminho rapidamente até à fonte, mas logo apareceram mais dois que também tinham sede... pois, mais vale 1km nas pernas que o corpo sem água! Aproveitei e descansei um bom bocado à sombra do abrigo.

Iniciamos agora a descida final e rapidamente voltamos a ficar com o grupo reunido. Bem a tempo do lanche no mesmo abrigo usado para o pequeno almoço de manhã. À sombra de um telhado e sentado num cepo, ali ficamos cerca de 20min a descansar. Apesar do calor, dos kms já percorridos, continuávamos bem dispostos. Gerês e amigos: é preciso mais alguma coisa? O caminho era sempre a descer e a certa altura o Avé voltou a fazer-se ouvir... não tínhamos a beata Malok0, mas o nacs arranjou outro para o substituir! A culpa é de quem deu a ideia, é o que é...

Eram 18h quando tínhamos chegado novamente à ponte das Servas. Para baixo demoramos 3h, metade da subida... faz sentido. A malta já não estava com vontade de ir até à MyBlueLagoon, pelo que alguns lá sacaram as botas e foram molhar os presuntos ali debaixo da ponte. Outros deitavam-se na ponte à espera que de alguma forma fosse possível recarregar baterias. Apesar dos mais de 18km percorridos, das 10h de calor, ainda tínhamos uma festarola à noite, pelo que falta mais uma subida até ao carro. Deixo o trilho para quem o quiser seguir (visit link)

3/3 - Regresso e festarola

O regresso ao Porto foi feito ao som de rock, não sem antes termos parado numa sauna junto ao rio caldo para um gelada CocaCola. A Vila do Gerês fica quase intransitável durante Agosto e então ao Domingo... tempo então de organizar o jantar surpresa, literalmente nas costas da surpreendida. Durante a descida alguma tristeza pelas várias colunas de fumo que se avistavam à volta do Gerês. É uma pena... mas também há muita culpa no ICNB... não têm dinheiro para vigilantes... bah

Ainda ao chegar a Braga deixamos mais um cliente satisfeito que queria trocar um pára-sol... PMR em frequencia aberta... tshtsh  Tempo de um "até já" ao Óscar e siga viagem até ao Porto. Na Lionesa foi uma pseudo-despedida e toca a ir a casa tomar um banho rápido e seguir para o Pata Negra onde se deitou abaixo um belo jantar e se cantaram os parabéns à Clara, que, estava surpreendida... mas tu pensas que a malta ia assim ao Gerês, dava-te uns cachaços e pronto ?? Crente!  Ainda deu para ver o FCP a meter 2... que mais se pode pedir de um dia?!?

O dia que tinha iniciado às 05h30, terminou cerca das 01h30. Um dia em grande!
Finalmente podíamos dizer que as Fichinhas estavam feitas, o objectivo cumprido e logo em dia de aniversário... Obrigado a todos pela companhia e amizade, e ao owner por nos fazer cá vir


Didn't find it July 17, 2010 by ­Pache

Não se trata de um DNF convencional, apenas de um registo de uma aventura que tinha como objectivo este ponto!

Trabalhar por turnos trouxe-me de volta a impossibilidade de não estar disponível para o Geocaching e para o Gerês como me tenho habituado nos últimos 3 anos. Diga-se que já não fazia uma caminhada como deve ser desde Abril, quando o manco passou a ser chamado assim! Já na altura o único found que me era prometido era este, já na altura fica mo-nos por duas caches e o carregar em ombros, braços e outros que tais um camelo de quase 90kg!

Então, e tendo em conta tudo isto, eu já estava a ficar azedo dos miolos com a impossibilidade de não vir para estes trilhos, mas, como quem tem amigos não morre sozinho, lá fui desencaminhado para uma tainada das antigas: Sair do trabalho às 01h, rumar ao Gerês para 20km, e regressar às 16h30 para mais uma jornada de trabalho. Tudo isto deu-me direito a 38horas sem dormir, mas uma enorme satisfação.

A "família" foi-se reunindo na Lionesa, tendo a minha última hora de trabalho ficado por fazer. E às 03h já estávamos em Leonte para dar inicio à caminhada. Frontais enfiados e siga viagem. Música da boa no carro do Mikron, já não se pode dizer o mesmo do bolide da Marú. O do manco, não sei, mas terá sido quem ainda teve tempo de dormir enquanto esperava por nós em Braga.
O percurso escolhido foi descer até perto da Portela a pé, subir pela Encosta da Sabrosa e ver o nascer do Sol já no Prado da Messe. E assim foi, 11 almas penadas por aqueles trilhos fantásticos, caminhando debaixo de um céu sem lua, mas repleto de estrelas e onde a via lactea era ainda mais visível!Estávamos no topo à hora de ver nascer o sol. Visitamos o "Abrigo dos Pastores" e rumamos à "Temple of Darkness". Eu já as tinha feito, mas não podia deixar de levar o resto da cambada lá. Afinal são "pentelhos" que ficariam por aqui. A verdade é que o sol já não se escondia na "Encosta do Sol" e fustigava-nos agora pelas costas, já com 10 kms nas costas e a visita à cama para muitos tinha sido à 24horas atrás. Mas chegamos todos e é o que interessa. Eram 9h quando regressamos ao trilho para atacar finalmente as fichinhas, que o GPS indicava 2,6km.

Mas o cansaço continuava a fazer das suas, o progredir pelo ribeiro fez-nos perder bastante tempo, e quando chegamos ao prado do conho, de onde avistavamos finalmente o objectivo... já não íamos conseguir! Teríamos ainda duas subidas fortes e talvez uns 2km de trilho a percorrer. Uma vez mais ficamos a ver as "Fichinhas" por um canudo.Sim, há quem ainda tenha de trabalhar! Missão abortada, escolhida nova data em assembleia ali em pleno "Conho" e siga viagem para o carro. Ainda havia muitos kms de trilho até Leonte e uma descida de matar qualquer pé menos acostumado! A nova tentativa será pelo caminho mais simples e em primeiro lugar as "Fichinhas" 

Chegamos ao carro às 15h e seguimos viagem. Às 16h30 estava a marcar o ponto como manda a lei. Cansados, sim, mas geralmente bem satisfeitos. Obrigado à malta pelo desencaminhamento e companhia na aventura. Sem vocês e o RedBull não era a mesma coisa 

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