Olhó passarinho
@11:40
Desafiado pelos amigos SawCastro a os acompanhar na sua conquista das #3000, e numa cache mítica ali num local mítico como a Arrábida, não podia faltar.
Tudo começou na véspera (dia 29) quando nos juntámos a um enorme grupo de geocachers que tentava almoçar pelo Portinho, digo tentava porque tentaram tanto que quando partimos para ir à cache já tínhamos pouco tempo de luz do sol...
A caminhada foi em grupo e em amena cavaqueira, o caminho é típico da Arrábida portanto nada de inesperado, embora houvessem por ali muitos inexperientes na Arrábida que lá se iam queixando, todo o grupo foi avançando com passagem pela Toledo que ficava em caminho.
Mais para cima começaram a surgir algumas dúvidas sobre o caminho correcto a seguir, e portanto houveram diversas abordagens diferentes a causar bastantes dúvidas a bastante gente, vai para ali vem por acolá e começaram a surgir as primeiras desistências, e o resto do grupo a chegar à conclusão que estava a ficar tarde para encontrar o local, preparar e efectuar a "escalada" e descer dali ainda com luz, portanto parte do grupo começou imediatamente a descer, enquanto que uns quanto bravos avançaram apenas para investigar o local e saber o que os esperava para na próxima abordagem vir correctamente equipado, mas o local correcto não queria aparecer, as árvores e vegetação tapam, as rochas altas também, entrar pelo meio de buracos e fendas não ajuda nada a recepção do sinal de satélite e portanto quase tudo o que era sítio apontava à volta de 50m. para o GZ. Entrámos num buraco que seria uma forte possibilidade, mas ai já o GPS dizia que tínhamos passado do GZ, no regresso encontrámos uma subida à esquerda com uma corda que nos levou a uma fenda onde existiam cordas e vários apoios de escalada incluindo uma corrente a unir as duas paredes, estávamos a 30m. do GZ na direcção da "parede", o que seria impossível, mas como ali o sinal devia ser muito mau se é que tinha mesmo algum ficámos a acreditar que só podia ser ali o "cú do judas", portanto estava na hora de descer e voltar noutro dia.
Já cá em baixo a desolação na cara do SawCastro era evidente, e portanto ficou imediatamente combinado voltarmos no dia seguinte de manhã (vá lá que ninguém se lembrou de publicar caches na zona de Almada de ontem para hoje, se não ia ser bonito, ia ).
Já em casa e após a análise das fotos anteriores constatámos que haviam fotos da corrente que tínhamos visto na fenda, mas do lado de cima!
Portanto hoje de manhã lá fui eu, o SawCastro e o José Ribeiro, e com a constatação das fotos iniciámos por tentar identificar o ponto pelo lado de cima a partir da estrada, e demos com ele à primeira, mas vários factores nos contrariavam, o primeiro é que as coordenadas publicadas apresentam realmente um erro à volta de 20m. (correspondendo na realidade a um ponto mais a sudoeste, que coincide com outra fenda e só é possível de atingir pelo lado de cima no meio do mato), depois não conseguíamos ver a tal corrente que ontem tínhamos visto do lado de baixo, e por último não estarmos a identificar a parede que escondia a cache (pudera estava exactamente na vertical por baixo dos nossos pés). Logo decidimos que tínhamos de fazer a abordagem pelo lado de baixo para permitir identificar o local, fomos dar a volta (e aqui surgiu a dúvida, Creiro ou Portinho?), caminhámos para cima exactamente pelo mesmo caminho de ontem, mas agora já com certezas e quanto estávamos quase a chegar à tal subida com uma corda encontrámos outra com duas cordas, arriscámos por esta e fomos ter exactamente a um vale entre rochas tapado pelas copas das árvores que ficava exactamente por cima da fenda de ontem, ou seja víamos a corrente por cima, e era exactamente o local que tínhamos estado a observar lá de cima antes, imediatamente identificamos a parede da cache e percebemos o porquê de ser impossível fazê-lo lá de cima. Após algumas análises também identificámos facilmente o hide da cache, e não era assim tão mau quanto poderia ser, portanto toca a preparar. Preparações efectuadas toca de iniciar a subida, pé-ante-pé com o máximo de cuidado e seguranças, uma cache sem nenhum found há mais de um ano num local frequentado por escaladores suscitava a dúvida, "será que ainda lá está?", mas rapidamente se ouviu o "clock, clock" típico da caixinha de plástico, e prontos depois foi tempo para assinar o logbook, tirar fotos, agora desces tu e subo eu, e o sentimento de objectivo cumprido e por fim arrumar tudo e um momento de relax naquele vale "encantado" do "cú de judas" que só por si é um local "mágico" e muito mais quando saímos e constatamos que está localizado noutro local de paisagens mágicas que é a Arrábida.
Depois foi descer, e comemorar junto ao carro comendo uns belos bolinhos.
Portanto obrigado aos Teams José Ribeiro e SawCastro pela excelente Aventura compartilhada.
E Parabéns aos SawCastro pelas #3000, em mais um local mítico da mítica Serra da Arrábida! Agora, agora é começar a pensar no local mítico para comemorar as #6000
In: TB Árvore (a ver se demoram menos tempo a lá voltar agora)
Out: Nada
TFTC
o mar lá em baixo (carregar na imagem)
o céu lá em cima
#3000 @11:40
Mais uma vez, quisemos regressar à serra Mãe Arrábida para uma milestone... desta feita, “olho passarinho” foi a eleita desde há muitos meses.
A nossa experiência de escalada resumia-se a uma tímida participação no evento GC2AA8K-Vamos todos trepar – Sintra em Setembro e esta cache da Arrábida foi ficando para trás justamente devido a essa nossa limitação.
Com o aproximar da milestone, começámos a planear a visita, tentando encontrar a necessária ajuda (alguém que soubesse da poda) e a obtendo informações sobre o possível estado da cache e condições de acesso ao GZ, mas a verdade é que o evento se precipitou e tudo acabou por ser um pouco improvisado. Tanto, que a abordagem improvisada de Sábado com um grupo improvisado que andava pela Arrábida, acabou por ser bastante tarde e o caminho efectuado meio “às apalpadelas” o que acabou por resultar numa espécie de DNF, mais propriamente um JSEAFTPLI que é como quem diz “já se está a fazer tarde para lá ir” com o grupo a concordar que àquela hora já nem o passarinho lá estava...
Fiz uma cara tão triste que logo duas almas se ofereceram para lá voltarmos no dia seguinte logo pela manhã ...
...e assim foi; pela manhã, seguimos para a “minha querida Serra” (não a quero só para mim, pelo contrário, mas gosto de lhe chamar minha) e iniciámos (eu e as duas almas) a caminhada até ao GZ, determinados em encontrar o local certo, trepar e conquistar esta rebelde caixinha, aninhada a meio da parede.
Foi isso que aconteceu e nos encheu de satisfação!
Obrigado ao Touperdido por tê-la colocado!
Obrigado ao Monho e Comutar por a terem reposto em 2009!
Muito obrigado às duas almas que nos/me acompanharam e tornaram possível mais um inesquecível dia de Geocaching com uma importante milestone pelo meio!
Deixamos algumas fotos ilustrativas da aventura e da extraordinária beleza da Arrábida!
TFTC
A fenda