Sózinho sem rede no telemovél e sem sinal no GPS.
Olhei para as dicas e pensei, será que tenho que passar para o outro lado?
Mas não é só meter a mão, tem que ser mais alguma coisa.
Quanto ao Local, merece ser visitado por isso não tirei o TB como incentivo.
Que vergonha... já não visitava esta minha cache há tanto tempo que me esqueci de onde era. Precisei de voltar ao carro buscar o GPS para perceber que tinha desistido de procurar vinte metros antes de chegar...
Manutenção feita. Tudo ok.
Assim que percebi que tinha uma cache destas, ao pé do alojamento de Barrocal do Douro, fiquei entusiasmadíssimo, logo na sexta-feira de madrugada, quando chegámos a esta linda zona do país.
Mas o que é uma cache destas?
Uma cache destas é uma cache antiga para o cacete, colocada por um geocacher de referência, também ele mais antigo que o cacete , num local que só pode ser maravilhoso!
Tive que esperar até domingo de manhã para a vir visitar. Dadas as várias estrelinhas de terreno estava à espera de a poder visitar sozinho, enquanto a minha filhota estivesse com a mamã ou a tia ali para os lados de Atenor, a ver e a tratar dos burros. Mas não, eu era a ama de eleição do fim-de-semana e arrisquei lá ir com ela. Estava preparado, portanto, para um possível dnf.
Depois de um pequeno-almoço meio sem-jeito, e com a necessidade de apanhar ar para que as dores de cabeça, resolvi que teria que a procurar. Ainda não tinha apreciado a zona decentemente desde que tinha chegado, ou porque estava de noite ou porque o nevoeiro que se tinha posto no dia anterior não tinha deixado. Mas pronto, agora é que tinha mesmo que parar, porque os vales eram lindíssimos.
Instintivamente encaminhei o Range por Picote a dentro. Parecia ser por ali o acesso, e após descer mais do que o necessário, e voltar para trás, encontrei um local para largar o veículo, a cerca de 120 metros da cache. Era hora de ir aproveitar o solinho.
Munidos de água, começámos por tentar encontrar um caminho. Não foi dificil, depois de voltar umas duas ou três vezes para trás.
Por entre muros de pedra a delimitarem pequenas hortas, e a serpentear por caminhos cheios de verde, conseguimos vislumbrar os moinhos. O som da água a correr estava cada vez mais próximo.
O acesso era, ao fim e ao cabo, fácil para a miúda. Ainda bem que viemos.
O local é fantástico e a água fresquinha veio mesmo a calhar. A filhota esperou que eu atravessasse o riacho e fosse à procura da cache, coisas que demorou muito pouco tempo. E lá estava ela, como estivesse sido colocada antes de ontem, com o logbook impecável e com pouco mais de uma dúzia de páginas usadas. Já não se fazem caches assim!
Depois foi arrumar a cache, fomos visitar todos os moinhos, com muito cuidado porque a maioria está mesmo em avançado estado de degradação, e como moinhos de água que são, têm todos buracos no chão. E a cascata. Fomos fotografar a cascata. Que apetecível estava ela.
Foi um passeio muito bom e memorável, e só queria continuar por ali.
Quero mais caches destas.
Obrigado bastante,
Vitor Sérgio e Vitória