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25 February 2021 Written by  Flora Cardoso

Normandie

No dia 6 de Junho de 1944, e durante o longo verão que se seguiu, homens de todo o mundo vieram lutar na Normandia para derrubar o nazismo e restaurar a liberdade. O assalto de 6 de junho de 1944 nas praias da Normandia, conhecido por “D-Day” ou “Jour J” é a maior operação militar anfíbia e aérea de todos os tempos.

 

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O fascínio pela Segunda Guerra Mundial e por esta página de história, em particular, levou-me durante muito tempo a alimentar o desejo de fazer uma viagem pela Normandia e um roteiro dedicado aos locais mais emblemáticos relacionados com a WWII.
A viagem acabaria por acontecer em Fevereiro de 2020, na companhia do Filipe (Mafilll), Sandra, Virgílio e Dília (Reis&Reis). Com uma janela temporal apertada, o Geocaching ficou para segundo plano e investimos todo o nosso tempo e energia no desenho de um roteiro que nos permitisse visitar o máximo de pontos de interesse: Memoriais, Museus, Cemitérios, Baterias, Bunkers e claro, ver com os próprios olhos os locais onde tudo aconteceu. Naturalmente, sempre que surgiu a oportunidade, visitamos as caches que se apresentaram no caminho.
Foi uma viagem única, muito gratificante e que superou todas as minhas expectativas. Volvido um ano sobre esta experiência, e numa altura em que infelizmente não é possível sair de casa nem concretizar novos projetos, resolvi partilhar convosco o nosso roteiro. Mais não seja em jeito de recordação para mim, e quem sabe, possa inspirar outros geocachers aficionados pelo tema.

Pareceu-me que a melhor forma de preparar esta viagem seria mergulhar na história e recordar o curso dos acontecimentos ocorridos no famoso D-Day. Acabamos de uma forma bastante natural por organizar o roteiro num trajeto lógico de Oeste para Este, passando pelas 5 praias estratégicas do desembarque e selecionando previamente os monumentos a visitar.
Importa referir que existem inúmeros Museus, Centros de interpretação e outras infraestruturas de apoio ao visitante, todos eles de grande interesse, e foi bastante doloroso abdicar de uns em detrimento de outros. A gestão do tempo acabou por nos ditar a sentença, mas de um modo geral todos os monumentos visitados foram extraordinários em informação, interesse… e emoção.

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A ideia de um desembarque na costa francesa já vinha sendo desenhada há algum tempo: "Estaremos de volta…", foram as palavras de Winston Churchill em junho de 1940, quando as suas tropas escaparam de Dunquerque, forçadas a retornarem à Inglaterra. Sendo a Alemanha o inimigo a ser destruído como prioridade, a indústria britânica é reconvertida na produção de material de guerra: barcos, canhões, aviões e artilharia. O material é construído do outro lado do Atlântico e armazenando em acampamentos no sul da Inglaterra. Ao mesmo tempo, a costa da Normandia é minuciosamente fotografada e cartografada por aviões e submarinos. Muitas informações serão também transmitidas pelos combatentes das forças da resistência sitos em França: estratégia de defesa alemã, movimentação das tropas, assim como milhares de fotografias e postais enviados aos serviços de espionagem britânicos para que os aliados se familiarizassem com a geomorfologia do terreno.

As previsões apontavam para que o ataque ocorresse nos primeiros dias do mês de Junho, possivelmente entre o dia 5 e o dia 7, na esperança que estivessem reunidas as condições necessárias ao sucesso de um assalto durante a madrugada: a meio da preia-mar, em noite de lua cheia, para viabilizar a missão dos paraquedistas. O nome de código para esta grande operação fora encontrado e tornar-se-ia um ícone: Operação Overlord.
Cronologicamente, do teatro de operações que acabaria por ter início durante a noite de 6 de junho de 1944, podemos distinguir 3 fases: A Operação Neptuno, que decorreu durante a noite e consistiu no desembarque aéreo nas praias de Utah Beach (oeste) e Sword Beach (este); os bombardeamentos aéreos e navais sobre a “Parede do Atlântico”, e às primeiras horas da madrugada o desembarque por mar nas 5 praias estratégicas da Normandia, designadas respetivamente pelos nomes de código: Utah Beach e Omaha Beach (Pointe du Hoc) para os americanos, Gold Beach e Sword Beach para os britânicos, e Juno Beach para os canadianos.

Utah Beach pertencia ao setor americano. Às primeiras horas de 6 de junho, as tropas aerotransportadas já haviam estabelecido um ponto de apoio em solo normando: britânicos a este, americanos a oeste.
Os paraquedistas americanos tinham por missão tomar Sainte-Mère-Eglise e a famosa Ponte de la Fière, segurando este sector e impedindo qualquer acesso terrestre por parte das tropas Alemães à praia de Utah Beach. Às 4 da manhã, Sainte-Mère-Eglise foi tomada de assalto pelos aliados. Ao raiar do dia, desde a foz do rio Sena ao Cotentin, o mar está completamente coberto de navios. Milhares de “Barges” (embarcação militar) transportando homens, veículos e equipamentos dirigem-se à costa, ao mesmo tempo que aviões aliados bombardeiam abrigos alemães fortificados na costa do Canal, e a marinha abre fogo.
Este foi o primeiro, e o mais bem-sucedido de todos os ataques que decorreram durante o D-Day. Apesar da intensa propaganda Alemã que enaltecia um plano de defesa infalível, a “Parede do Atlântico” sofria na realidade de inúmeras fragilidades: desde cedo os Alemães assumiram que os Aliados tentariam uma ofensiva no Pas-de-Calais, na zona mais estreita do Canal da Mancha, onde as probabilidades de sucesso seriam significativamente maiores.
Assim, a estratégia dos Aliados em arriscar a tomada da Normandia pelas praias a Oeste apanhou os Alemães de contra-pé: não havia homens, munições, material e mantimentos suficientes nesta zona, para fazer face ao ataque concertado e minuciosamente preparado pelos Aliados. O efeito surpresa foi o maior trunfo da Batalha da Normandia, e foi seguramente decisivo para o sucesso da Operação Overlord. No entanto, as operações nas outras praias foram bastante mais dolorosas, e as perdas humanas muitíssimo pesadas.

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Hoje em dia Utah Beach é um dos locais mais emblemáticos das memórias do desembarque. Junto ao mar, no preciso local onde as tropas americanas desembarcaram na madrugada de 6 de Junho, está erguido The Utah Beach D-Day Museum. O Museu é fantástico, quer no conteúdo, quer na arquitetura: com uma cúpula de vidro em meia lua projetada sobre o mar, relata cronologicamente os acontecimentos do D-Day, desde a preparação até à execução do plano de ataque. Por entre vídeos, testemunhos, objetos, veículos e inúmero material, destaca-se em exposição um autêntico Bombardier B26 Marauder, um avião excecional: dos 5157 exemplares acionados em operações militares, apenas restam 3 no mundo, e este tem a singularidade do trocadilho no nome: “Dinah Might” (literalmente em francês “Dynamite”). Num campo mais insólito, o Dinah Might foi pilotado durante o D-Day pelo Major David Dewhurst, um piloto ultra experiente que participou em 85 missões de guerra aos comandos do B26 Marauder, nos teatros de guerra mais violentos à época, um pouco por todo o mundo. Acabaria por falecer em 1948, nos Estados Unidos, num acidente de automóvel provocado por um condutor embriagado…

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Na parte exterior do Museu e um pouco por todas as imediações de Utah Beach, existem vários memoriais que prestam homenagem aos soldados mortos ou desaparecidos em combate. Um deles é o Memorial Higgins, uma réplica da « Barge Higgins » original, que impressiona pelo facto de estar exposta na areia, no exacto local onde os Aliados desembarcaram em Utah Beach.
Aqui tivemos oportunidade de visitar duas caches, a multi Utah Beach e a tradicional 6H30 - N°5/5 - JOUR J - UTAH BEACH.

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Perto de Utah Beach visitamos o Cemitério Militar Alemão de La Cambe. Foi a nossa primeira investida em Cemitérios da Segunda Guerra Mundial, e a sensação foi arrepiante. Aqui estão sepultados 21 222 soldados alemães mortos em combate entre Junho e Agosto de 1944. As imagens falam por si.

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Omaha Beach é a mais famosa das 5 praias do desembarque. Aqui, os americanos viveram horas difíceis, e o balanço foi extremamente doloroso: em poucos minutos, 4700 soldados perderam a vida num terreno totalmente armadilhado, naquela que ficou mais tarde conhecida como “Bloody Omaha”. A primeira frente de assalto é aniquilada pelos alemães de forma selvagem, a segunda vaga de aliados depara-se com uma praia repleta de feridos, cadáveres e equipamentos destruídos. Finalmente, aproveitando os últimos recursos, os soldados conseguem escalar a íngreme encosta da praia, ultrapassam as densas cortinas de arame farpado e destroem as barreiras com recurso a explosivos. Por volta do meio-dia, conseguem encurralar os alemães e tomam uma posição de vantagem.

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O monumento comemorativo “Les Braves” ergue-se em plena praia, sobre as areias de Omaha Beach. Fez-me lembrar asas prateadas esvoaçantes entre o mar e o céu! Aqui tivemos oportunidade de visitar a bem antiga cache virtual Omaha Beach e a cache tradicional USA#11- Illinois.

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A escassas centenas de metros da praia, o Centro de apoio ao visitante de Omaha Beach é um complexo gigantesco e totalmente impressionante. Inclui o Museu Memorial Omaha Beach, o Normandy American Cemetery and Memorial, além de inúmeros monumentos e homenagens “In Memoriam”.
Começamos a visita pelo Cemitério Americano, e apesar do local ser um verdadeiro refúgio de paz, aqui é impossível não nos emocionarmos. O Cemitério está erguido no topo da colina sobre a praia de Omaha, e do ponto de vista da sua administração, tal como todos os Cemitérios Militares das duas Guerras Mundiais, é uma concessão territorial perpétua: os Estados Unidos são proprietários, guardiões e gestores do Cemitério, sobre um solo onde todavia é exercido o direito francês.

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Por detrás da fachada principal da receção, ergue-se um magnífico memorial semicircular no centro, do qual uma estátua de bronze representa "O espírito da juventude americana surgindo das marés". No prolongamento do espelho de água onde se reflete o Memorial, estende-se a avenida central que serve as 10 áreas de sepulturas, onde repousam 9.387 soldados, incluindo 4 mulheres e 307 desconhecidos. As cruzes estão todas voltadas para o oeste, em direção à pátria. O alinhamento perfeito dos túmulos no relvado verde, e a onipresença do mar em plano de fundo, inspiram uma sensação inesquecível de paz e serenidade. No cruzamento das naves principais dispostas em cruz latina, a capela alberga um altar de mármore negro com a inscrição: "Dou-lhes a vida eterna e nunca morrerão". No Jardim da Lembrança, atrás do Memorial, os nomes dos 1.557 desaparecidos na região estão gravados numa parede circular. Foi sem dúvida um dos locais mais marcantes deste roteiro, retratado em algumas cenas do filme “O resgate do Soldado Ryan” dirigido por Steven Spielberg.

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O Museu é outro ex-libris: são 1400m2 de coleção de uniformes, objetos pessoais, armas, veículos, documentos de época, apresentados em painéis temáticos encenados. Inclui a exibição de um filme de aquivo com testemunhos de Veteranos Americanos, que contam na primeira pessoa os acontecimentos vividos em Omaha Beach e Pointe du Hoc.

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No final das visitas tivemos oportunidade de encontrar as caches tradicionais USA#8 Pennsylvanie e USA#9 Oregon, bem como a Earthcache Paix et Marbre Blanc.

Durante a madrugada de 6 de Junho 1944, a poucos kilómetros a oeste de Omaha Beach, o 2º Batalhão de Rangers Americanos tem por missão escalar o vertiginoso penhasco de 30 metros da Pointe du Hoc, atacar a bateria alemã e destruir os canhões. Escalam a falésia com cordas e escadotes, debaixo de fogo, totalmente expostos. Dos 225 Rangers, apenas 90 chegariam ao topo da Pointe du Hoc: deparam-se com um cenário devastador, causado pelas bombas e obus lançados pelos navios aliados desde o mar. Finalmente, por volta do meio-dia, a Pointe du Hoc está nas mãos dos americanos.

Hoje em dia o Sítio de Pointe du Hoc permanece um ponto de visita incontornável, um gigantesco complexo ao ar livre onde é possível visitar baterias de artilharia, casamatas, abrigos e inúmeros Bunkers. Foi a nossa primeira “visita de campo” e confesso que entrar nos Bunkers e Tobrouks foi uma das partes mais empolgantes de todo o roteiro. Os vestígios de balas, as crateras provocadas pelos bombardeamentos, os esconderijos labirínticos debaixo do solo são fascinantes.

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Na Pointe du Hoc teríamos oportunidade de visitar uma série de caches dedicadas ao tema: Pointe du Hoc Métal e Bois, Pointe du Hoc Heros, e Pointe du Hoc 2 heures pour survivre, entretanto arquivadas; permanece a Earthcache Pointe du Hoc Geology, junto ao Memorial erguido sobre a falésia.

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A bateria de artilharia alemã em Longues-sur-Mer não era seguramente a mais poderosa bateria Alemã da Normandia, mas estava entre as mais bem posicionadas para enfrentar o desembarque de 6 de junho de 1944. Os seus canhões estavam situados exatamente entre as praias de Omaha Beach e Gold Beach. Esta bateria protagonizou um duelo contra a frota aliada antes de ser silenciada ao pôr-do-sol no Dia D.
A bateria costeira de Longues-sur-Mer, que fazia parte das fortificações costeiras da Muralha do Atlântico, foi formada pela marinha alemã em quatro meses, durante a primeira metade de 1944. Era composta por quatro canhões de 150 mm em bunkers de betão e um canhão de 120 mm. Em maio de 1944, a bateria estava operacional, mas o posto de comando de tiro estabelecido na beira do penhasco ainda não tinha o equipamento necessário para mirar os objetivos navais com precisão e eficiência.
No Dia D, a bateria de Longues-sur-Mer travou um longo duelo contra a frota aliada, forçando alguns navios a recuar para não serem atingidos. No entanto, as cinco armas da bateria foram destruídas gradualmente, algumas por fogo direto. Finalmente, as tropas britânicas desembarcadas em Gold Beach assumiram o controlo desta posição em 7 de junho, capturando os sobreviventes da guarnição de 180 homens.

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Hoje, este local é um dos mais bem preservados da França e o único onde ainda é possível ver alguns canhões originais, na época capazes de disparar projéteis de 45 kg a uma distância de 22 km. A vista do posto de comando de tiro, esculpido na falésia, oferece um vasto panorama sobre a baía do Sena.
Ao nível das visitas de campo este foi o local que mais me impressionou. Aqui não existem estruturas de apoio ao visitante, a visita é totalmente livre e os Bunkers e Canhões sucedem-se na paisagem, ao longo de um pequeno trilho sobre a falésia, que tivemos oportunidade de percorrer durante uma caminhada ao por do sol. Um dos sítios mais fascinantes de todo o nosso roteiro!

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Gold Beach pertence ao setor britânico e também ficou conhecida pelo seu porto artificial na cidade de Arromanches, que ficou operacional a partir de 14 de junho de 1944.
A 50ª divisão britânica, desembarcada em Gold, progrediu rapidamente até às portas de Bayeux e tomou-a durante a manhã do dia 7. A missão consistia em sitiar Arromanches com vista à instalação de um porto artificial (Mulberry) e assim dar suporte às tropas canadianas desembarcadas em Juno Beach.
O princípio dos Mulberrys (portos artificiais) era conseguir muito rapidamente, graças a docas de descarga protegidas por um contraforte de betão, descarregar veículos e abastecimentos, enquanto se aguardava a conquista dos portos marítimos continentais. De facto, durante 100 dias, 400.000 soldados, 4 milhões de toneladas de equipamentos e 500.000 veículos foram assim descarregados na Normandia, um reforço crucial para dotar os aliados das capacidades de combate ao contra-ataque alemão.

Em Arromanches impressionam os vestígios do Porto Artificial, que se erguem nas areias quais destroços fantasmagóricos. Aqui fizemos um longo passeio pela praia e visitamos a Virtual Code Name Mulberry , assim como as tradicionais D-Day e Gold Beach Port Winston Churchill.

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Aproveitamos a proximidade para fazer um pequeno desvio pelo Cemitério Militar Britânico de Bayeux. Aqui encontramos as sepulturas de 4 144 soldados do Commonwealth, entre os quais 935 Britânicos. Existem ainda mais de 500 sepulturas de soldados de diversas nacionalidades, maioritariamente Alemães. Às portas do Cemitério está erguido o Memorial aos 2 092 soldados mortos durante o combate, que não chegaram a ser sepultados. Visitamos a vizinha cache Liberté, nome sóbrio e muito apropriado ao local.

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Juno Beach está localizada no setor canadiano. A 3ª Divisão Canadense desembarca de Graye para Saint Aubin. Os canadenses tomariam as defesas costeiras e prosseguiriam para o interior para se juntar às tropas britânicas de Gold Beach e Sword Beach.
Após severas perdas nas praias - na primeira hora do assalto as forças canadenses sofreram 50% das baixas - a 3ª Divisão liberou o sector costeiro, apoderando-se rapidamente das aldeias do interior. De entre as 5 zonas de desembarque, é neste setor que a progressão dos Aliados é a mais bem-sucedida na noite do D-Day. Durante um mês, os canadenses lutarão para controlar a Route Nacionale 13, de olhos postos num destino estratégico: a tomada da cidade de Caen ao inimigo.

Em Juno Beach é possível visitar o Centre Juno Beach que presta homenagem aos 45000 canadianos que perderam a vida no decurso da Segunda Guerra Mundial, entre os quais 5500 durante Batalha de Normandie.
Aqui tivemos oportunidade de visitar as caches Le Retour du Géneral de Gaulle, Bunker Search e 7h35 Jour J Juno Beach.

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Nesta zona muitas caches contêm uma hora no título: de facto, as operações simultâneas nas praias do desembarque tiveram horários extremamente precisos, e cada uma das praias guarda orgulhosamente registo da sua “hora de glória”.

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Sword Beach está localizada no setor franco-britânico. No dia 5 de junho, um pouco antes das 23 horas, planadores britânicos foram lançados em direção a Bénouville. Em poucos minutos, os homens do Major Howard alcançam seu objetivo e a ponte de Bénouville torna-se a Ponte Pegasus, em homenagem aos paraquedistas cuja insígnia era o cavalo alado Pégase. Ao mesmo tempo, os paraquedistas do 6º Airborne saltam para tomar a Bateria de Merville. O desembarque dos homens por mar ocorre em frente a Hermanville e Colleville. De lá, os 450 comandos liderados por Lord Lovat, incluindo os 177 Bérrêts verts franceses do Comando nº 4, recebem ordens para tomar Ouistreham pela retaguarda. Avançam depois em direção a Pegasus Bridge para apoiar os paraquedistas. Este assalto operado pelos Comandos britânicos, na escuridão da noite e em total silêncio por via dos planadores e paraquedas, é um dos capítulos mais icónicos do D-Day.

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Durante a visita a Sword beach tivemos oportunidade de visitar a cache tradicional Char Churchill e a Earthcache Sous les Tropiques. Prosseguimos até Ouistreham e aproveitamos para resolver a virtual Rivabella ma belle, mas o ponto alto foi mesmo a passagem pelo imponente Pegasus Bridge, onde o Geocaching não ficou esquecido: conquistamos a tradicional Le Criptex, e deixamos um orgulhoso sorriso na virtual Aux premiers instants du Jour le plus Long, alusivo ao filme “Le Jour le plus long” de Darryl F. Zanuck, seguramente a obra-prima cinematográfica sobre o tema.

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Visitaríamos ainda o Sítio e Museu de Gerra de Merville, um espaço dedicado à memória dos paraquedistas britânicos. Trata-se de uma fortificação costeira desativada, que foi construída como parte do Muro Atlântico dos alemães para defender a Europa continental da invasão aliada. O Sítio foi requalificado e hoje, para além do espaço museológico, é possível efetuar um interessante percurso pedagógico que permite compreender o funcionamento de uma bateria de artilharia, o posicionamento da bateria de Merville na muralha atlântica, as etapas da sua construção e o quotidiano dos soldados residentes.

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Na madrugada de 6 de junho, começaram os bombardeamentos nas cidades normandas. Em Caen, todo o centro da cidade é devastado. A missão dos Aliados é destruir as cidades para impedir qualquer sistema de comunicação e desacelerar os reforços alemães. Na manhã de 7 de junho, dezenas de cidades da Baixa Normandia, incluindo Caen, tinham desaparecido do mapa.

O nosso roteiro dedicado ao desembarque da Normandia terminaria com a visita a Caen, Cidade mártire da Segunda Guerra Mundial, e um passeio pelo fabuloso Castelo-Museu. Cobrindo uma área total de mais de 5 hectares, é um dos maiores complexos muralhados da Europa Ocidental. Aqui teríamos oportunidade de visitar as caches Chateau Ducal Porte de Saint Pierre, Sculpture du Phenix, e a Earthcache La Pierre de Caen.

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No dia 6 de junho à tarde, Hitler dá ordens para mover várias divisões blindadas em direção à Normandia. No entanto, é tarde demais.
A 6 de junho 1944, à meia-noite e no final do “Dia mais longo da História”, mais de 150.000 soldados aliados estavam na Normandia, incluindo 23.000 paraquedistas e 20.000 veículos de todos os tamanhos. Às últimas horas do dia 4 de junho de 1944 estima-se que cerca de 12.000 homens tinham sido mortos, feridos ou feitos prisioneiros. No Balanço global, entre 6 de junho e 25 de agosto (Libertação de Paris), perderam a vida 209 000 soldados aliados, e cerca de 219 000 alemães.

Chega assim ao fim o relato do nosso roteiro pelas praias do Desembarque da Normandia!
Aproveitamos para visitar muitos outros locais de interesse, desde o fabuloso Mont Saint Michel, passando por Saint-Malo, Cabourg, Deauville, Étretat, Fecamp, Rouen ou Evreux, entre quantas magníficas paisagens da Região.

É uma viagem que vale muito a pena! Alguém por aqui já visitou ou gostaria de visitar?



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