Sejam muito bem-vindos à vigésima edição da Azores Logbook, a publicação mensal que vos mostra tudo o que se passou em termos de Geocaching, no Arquipélago dos Açores, neste mês de abril.
Começamos por vos falar mais uma vez das geo-atividades do Clube de Geocaching da Escola Secundária de Lagoa, na Ilha de São Miguel, que continua a brindar-nos a todos com uma vitalidade digna de realce.
Vamos ainda apresentar-vos todos os eventos ocorridos em abril, nos Açores, bem como um texto do geocacher fcarioca, relatando-nos como correu a sua viagem às ilhas de bruma, em mais um testemunho de um visitante continental ao nosso arquipélago.
Como habitualmente, finalizamos com todas as caches publicadas nos Açores, neste mês das águas mil.
Votos de uma excelente leitura.
Bárbara Sousa (BaSousa), Henrique Bulcão (Wessel1985), Luís Serpa (luis serpa), Pedro e Susana Silva (ordep_81) e Ricardo Brasil (Spicozo)
Clube de Geocaching da Escola Secundária de Lagoa
Durante o mês de abril, foram várias as atividades realizadas pelo Clube de Geocaching desta Escola. O Clube organizou, em parceria, o evento: “Creation Celebration: How to build good caches…” (https://coord.info/GC8403Z). Este evento realizou-se na videoteca da Escola, tendo estado presentes cerca de quarenta alunos do Clube, bem como professores e geocachers estrangeiros (da Alemanha e da Noruega). O tema da “palestra” foi: “O que é uma boa cache?”. Também estiveram visíveis vários “tipos” de containers especiais.
Durante esta época, os alunos e professores também se dedicaram à organização e construção do primeiro “power-trail” do Clube. Este PT é constituído por cinco caches tradicionais, que se encontram colocadas em alguns dos viadutos que existem no concelho de Lagoa.
Também, durante estas últimas semanas, os alunos e professores “encontraram” muitas caches, o que permitiu ao clube obter mais seis souvenirs de Geocaching.
Luis Filipe Machado e Marco Pereira
No mês de abril, realizaram-se 10 eventos no arquipélago açoriano, espalhados por 3 ilhas: São Miguel, Terceira e Faial. Neste contexto, merecem destaque os eventos alusivos às iniciativas da Geocaching HQ, Creation Celebration e CITO 2019 Season 1, que continuaram este mês a brindar os geocachers com souvenirs digitais para os seus perfis.
Assim, logo no dia 3 ocorreu o evento Creation Celebration: How to build good caches..., organizado na cidade de Lagoa, pelo Clube de Geocaching local e pelo geocacher PALHOCOSMACHADO.
Nesse mesmo dia, o polaco ZeZol dava início a mais uma viagem pelos Açores, com a marcação do evento ZeZol at the Grand Voyage II - Visiting Azores, no centro da cidade da Horta.
No dia 4, o mesmo geocacher assinalava a sua chegada à ilha verde com o evento ZeZol at the Grand Voyage II - Ponta Delgada.
No dia 6, os geocachers Treetop1974 & Corsabaz, de passagem por São Miguel, juntaram a comunidade num agradável convívio intitulado Tourists in Town! (Ponta Delgada).
No dia 11, o geocacher mcassis organizava na freguesia do Pico da Pedra, o evento Creation Celebration: As tuas melhores histórias!
No dia 13, o geocacher terceirense ordep_81 juntava, em Angra do Heroísmo, a comunidade local para mais um Angra Geo-Tertúlia IV.
No dia 15, os geocachers finlandeses 2xPP, de férias em São Miguel, organizaram o evento 2xPP in the Azores.
No dia 24, ocorreu na cidade da Lagoa, o já habitual GEOBREAKFAST #53.
No dia 26, o ClubedeGeocachingESL organizou uma ação de limpeza de resíduos (CITO - Vamos limpar...), uma iniciativa sempre louvável em prol da natureza e do meio ambiente.
Finalmente e também no dia 26, o continental P14, de visita aos Açores, juntou alguns geocachers no evento Um café em Ponta Delgada 26 Abril.
A minha primeira visita à Terceira foi a segunda ao arquipélago. Antes, só São Miguel. Segue-se o Pico quando a oportunidade surgir.
Um fim de semana curto, mas intenso, que permitiu conduzir pela ilha e descobrir as suas preciosidades. Cultura rica, gente afável, boa comida, belas paisagens e o tempo não foi adverso para usufruir de tudo isso...
... e pelo meio foram surgindo uns tupperwares (não muitos), normalmente bem camuflados em elementos da ilha, que ao fim de algum tempo começaram a tornar-se familiares.
O ambiente urbano é agradável e calmo e o rural ainda mais. Se o curto período apenas possibilitou a deslocação em viatura, também na maior parte dos locais turísticos por onde passámos, os veículos com que nos cruzávamos eram também de aluguer.
Mesmo assim, ainda houve tempo para descobrir alguns locais, normalmente menos visitados pelos turistas comuns, como este (foto 1) ou este (foto 2).
Mas, os mais visitados também merecem referência. Monte Brasil (foto 3) e a Serra do Cume (foto 4) - dois exemplos e estádios diferentes dos fenómenos vulcânicos que moldaram o perfil da ilha, só para não falar dos Ilhéus das Cabras (foto 5) porventura apreciado sobretudo à distância. Há no entanto outras manifestações de fenómenos vulcânicos de dimensões mais modestas, mas não menos interessantes, uns (foto 6) há muito sem atividade, outros (foto 7) nem tanto.
A geografia moldou a cultura. Se os impérios (foto 8) estão presentes em todas as freguesias, meticulosamente preservados e cuidados, tal como as igrejas (foto 9) sinal da forte religiosidade que não é alheia aos episódios passados que destruição e dor trouxeram, também a presença de fontes por onde quer que passemos é sinal do clima de chuva abundante que cobre de verde toda a rocha áspera que por baixo se encontra.
Junto ao mar, essa rocha fica exposta em fenómenos diferentes, uns mais lúdicos como nos Biscoitos (foto 10) ou mais selvagens como aqui (foto 11) ou sobretudo aqui (foto 12).
E por falar em selvagens, não só a paisagem é selvagem. Os elementos que a constituem por vezes também o são (foto 13). Neste caso, a visita à cache ficou por fazer.
A geografia condicionou o poder. E por isso a ilha está polvilhada de fortes (foto 14) em todas as suas baías e não será alheio à sua posição estratégica que no passado tenha servido de abrigo para a monarquia durante as invasões francesas e mesmo com o evoluir da tecnologia da guerra, dois séculos depois ainda servia de ponto de ligação entre dois continentes embora agora em sentido contrário (foto 15).
E como esta rúbrica se destina a geocachers, poderia ter referido algumas caches que se destacaram, mas nisso o número de favoritos atribuídos põe em evidência as preferências dos visitantes, entre os quais me incluo e para tal não é necessário passar os olhos por estas linhas.
Talvez apenas uma referência final às caches históricas GC868B (foto 16) ou principalmente GC8EF9 (foto 17).
Filipe Carioca (fcarioca)
Para a execução desta edição da Azores Logbook, contámos com a colaboração dos geocachers ClubedeGeocachingESL, fcarioca, P14, pattipolvi, Treetop1974 e ZeZol. O nosso obrigado a todos eles.