GeocacherZone - Miguel Jordão (MJordão) (vencedor de um livro de iniciação ao Geocaching)
Situação mais embaraçosa/divertida ocorrida durante a prática do Geocaching
“À Conquista de Barrancos e Ensinasola”
Escrever sobre um situação divertida que vivi no geocaching não se torna fácil. Pois a escolha não é fácil, já que elas são
algumas.
Afinal quase todas, até me atrevo a dizer, TODAS as caches são situações divertidas, já que a procura de uma caixinha
proporciona sempre um grande prazer.
Mas como não podia escrever um texto com todas as situações, pois o objectivo do passatempo é contar uma situação
embaraçosa / divertida tive que escolher. E como existe sempre momentos que marcam mais, escolhi contar o que considero o meu melhor dia de caches até ao momento.
Esse dia ocorreu a 22 de Dezembro de 2010. Foi intitulado de “À Conquista de Barrancos e Ensinasola (Espanha)”.
E nesta conquista tive o prazer de contar com a companhia do: BJordão, Scout484 e do bmratinho.
E foi um dia e “pêras”… muita aventura, muita diversão, muito paródia, rir e mais rir, e ainda… muita chuva. Um dia que nunca
será esquecido.
E para contar este dia nada melhor do que transcrever os logs que fiz nas caches visitadas.
E tudo começou na cache GC1MN4P – Convento da Tomina (almeidara)
As fotos em anexo contêm cenas muito fortes como tal não são aconselháveis a crianças e senhoras.… : )
Encarregue de preparar a voltinha da missão para dia 22Dez2010, cruzou-se no caminho esta cache, que após a leitura do
seu site e pela sua dificuldade foi logo colocada como prioritária. Dai ter sido a 1ª a ser realizada neste magnífico dia de
caches.
O track log indicado no site dizia-nos que era necessário caminhar cerca de 4km, mas à boa moda alentejana isso era algo
um pouco louco…Andarmos 4km para cada lado??? “Eh compadres isto nã está com nada…”
E assim foi, tínhamos que dar a volta à situação.
Dois dias antes do dia D, começámos a falar com colegas que conheciam a zona e munidos dos télélés e após uns
contactos lá descobrimos e tivemos autorização para alcançarmos o GZ sem andar tanto.
E chegado o dia lá rumámos nós no cachemobil TT pelos caminhos analisados….
Passado um ribeiro, e mais um … “Espera não é por aqui..para trás” ..outro ribeiro.. “Bolas este caminho nem com um
tractor passávamos”… para trás… outro ribeiro.. e outro (perdi a conta aos ribeiros que passámos).
“Porra compadres tanta ribeiro, já nã sei se tenho nas mãos um jeep ou um barco”.
Mas ao fim de muita água, subidas, descidas, caminhos de cabras e sei lá mais o quê… Lá está ele, o “nosso” Convento, a
500metros….. Mas para não alterar a lógica do dia…mais um ribeiro (com alguma corrente, já que tinha chovido muito
nessa noite) colocado mesmo entre nós e o GZ…
Bolas… depois de tantos ribeiros, subidas, descidas e afins para chegarmos perto do Convento íamos embora sem fazer o
log???? Nada disso.
Cordas e cintos nas mãos e ainda uma ultra-moderna máquina de medições de profundidade de rios (um bocado de pau)
lá andámos a testar a ribeira e… “Tem que ser aqui…” Mesmo assim implicava uma passagem com água pela cintura, o
que implicava também molharmos a roupa… e depois andarmos o resto do dia com as botas, meias e calças molhadas no
corpo…
Mas o que vale é que o Scout484 é um rapaz inteligente e tem cursos de sobrevivência tirados pelo programa
“Sobrevivência” do Discovery Channel, teve a brilhante solução para o problema…. Passarmos o rio sem botas, meias e
calças… Sim.. É isso mesmo que estão a pensar.. Passámos o rio em “CUEQUINHAS” ..(e a água estava
geladaaaaa)…Passámos o rio e subimos o rochedo até lá acima nessa triste figura… “Quem diria que esta pancada
pelas caixinhas ia fazer com que viesse a fazer um log em botas e cuecas”…. Enfim.. (juro que já marcámos consulta
no psiquiatra).
Depois de atravessarmos tantos picos na subida (coitadinhas das nossas perninhas) … Cá está ela…
A caixinha do Convento da Tomina foi feita…
Lá bem no alto, quase junto às nuvens, olhámos cá para baixo e… “Bolas que isto é alto e vamos ter que descer e voltar a
atravessar o rio..” e para melhorar as coisas… começou a chover.
Acabada a descida, voltámos a parecer uns patos… e assim que acabamos de passar o rio e vestimos as nossas queridas
calças, foi hora de um pouco de ginástica para aquecer… à moda de Bear Grylls da mesma série televisiva.
Aquecidos e com os logs feitos.. era hora de tirar a foto de “família”, recolher as cordas, voltar ao cachemobil TT e seguir
a expedição rumo a Barrancos.
NOTA:
Não façam isto em “casa”… O que aqui foi descrito foi realizado por uma equipa onde os elementos fizeram parte das
Forças Especiais Alentejanas….
Falando a sério.
Cuidado ao procederem de igual forma, tudo isto foi feito com muita paródia mas com a máxima segurança, recorrendo a
equipamentos. Não se esqueçam que a nossa vida é mais importante que logar as caixinhas.
Próxima cache GC1JA7A – Portugal – Espanha (Marco 990) (Xilotom)
Depois da aventura que foi conquistar o Convento da Tomina, lá seguimos para Barrancos.Com um pé em Portugal e outro na nossa vizinha Espanha... lá encontramos esta cache..em portugal.
Local interessante, principalmente por estarmos "divididos" entre dois países.
Breve paragem para comermos qualquer coisa (a fome era pouco, queríamos era aventura), lá vamos nós rumo ao país
“hermano”.
Cache GC1A7CD – Serra Aracena / Picos Aroche (ajsa & golfinha)
subir até lá acima...
Um local agradável para um pic-nic, mas não neste dia que além da chuva o nevoeiro não deixava ver muito bem a
paisagem que num dia de sol deve de ser magnífica. Mas mesmo assim deu para ver Portugal e Espanha de "passagem" já
que foi ir a correr fazer o log e voltar ao carro... molhaditos.
Toca a descer. (e que descida).
“Ai se os travões falhassem…”
De certeza que não estava aqui a escrever a história deste dia.
E já cá em baixo na estrada e… direitinhos… lá fomos nós… Ensinasola À vista (e um DNF também).
GC1JA7F – Baluarte de San Juan [Ensinasola] (Xilotom)
A cache é que deve de ter ido dar uma voltita.... já que chegámos ao GZ demos voltas e voltas, quase que fazíamos de Homem
Bala.. e nada de cache.
Cansados de procurar e de termos quase saltado a muralha lá para baixo para procurá-la (achámos melhor não o fazer.. eram 4..5
metros) acabámos por baixar os braços, sacudir a água (outra molha) e regressar ao cachemobil para seguir viagem.
Rio Ardilla cá vamos nós… GC1JA79 – Rio Ardilla [Oliva de la Frontera] (Xilotom)
Já que estávamos em Ensinasola seria uma pena não fazermos esta cache que fica a cerca de 13km. Depois deponderarmos um pouco... “Vamos lá conhecer o Rio Ardila...”
O caminho estava em obras...muito ruim.. até pensávamos que já estávamos novamente em Portugal.. mas ao fim de
alguns buracos e saltos lá demos com esta bela ponte.
O cachemobil "jogado" para o lado... lá fomos procurar a cache...
Ao GZ chegámos rapidamente, só que aconteceu algo que dá arrepios a alguns elementos do grupo.. Era uma zona com
muitas pedras.... e toca a levantá-las.... e nada.
Como o gps indicava o GZ bem junto à ponte (à estrada) pensei.... “Será que não é do outro lado??” E se assim pensei,
assim me joguei por ali abaixo e voltei a subir pelo outro lado da ponte (ok ok eu sei que gosto do mais difícil, sempre
podia ter atravessado a estrada que era mais fácil).
Subi junto à ponte (escorregando aqui e ali quase a ir às cambalhotas por ali abaixo) mas da cache nem sinal.
Voltei ao 1º local e comecei a tentar traduzir o que saia da boca do bmratinho...ou seja.. a dica em espanhol...”Cerca??
Será muro??' Vedação?? Deve de ser uma coisa dessas”... E olhando para os pés.. ai deve de ser deve..olhem lá para estes
calhaus em cimento...
E procura aqui e procura ali e.... “Scout484 tira lá o pezinho dai, acho que estás em cima dela”... e bingo ...lá estava ela.
Já esquecia de dizer... isto tudo debaixo de uma chuvada bem forte.... Lá fomos nós mais uma vez para o cachemobil todos
molhadinhos (a 3ª molha do dia...fora a travessia do rio na Tomina).
Cache logada pára-brisas a “bombar” (do carro e dos óculos) cachemobil a todo o gás… até nos muitos buracos da estrada.
Coitado do Scout484, só dizia “Ai, Ai”, por causa das hérnias discais… “Quem o manda levar essas coisas nos dias de
geocaching”.
Destino… Barrancos, Portugal.
Mas no caminho ainda havia a cache GC1JA7KV – Virgen de Flores [Ensinasola] (Xilotom)
caminho, no regresso já vinhamos com um caminho que tinha-mos visto em mente....
E toca a dar gás ao cachemobil que se faz tarde...
Até que.......... o Scout484 gritou... "É por ali.. está a tabuleta a dizer Virgen de Flores"
Lá tive que mudar rapidamente o pezinho de um pedal para o outro e travar... inversão de marcha e lá vamos nós...
caminho de terra batida mais uma vez, foram só cerca de mais 7km (ida).
Até que chegámos à Ermida, por sinal bem bonita e cuidada (não estávamos em Portugal, senão estava a cair)
GPS nas mãos e ....”Bolas onde é que isto está a indicar??? Por ali??? Portão fechado??”.... Lá tivemos que ir para a chuva
mais uma vez e saltar a vedação.
Seguimos o gps e ao fim de uns 200m lá chegámos a mais uma vedação, e como tinha bem presente na memória a foto
spoiller... fui logo direitinho ao ferro e .... lá estava ela escondida.
Bem, como caia muita água e a cache estava lá para os lados do montado (podia estar mais perto da ermida), a Ermida foi
vista cá ao longe... uma pena já que deveria ser um local bonito para dar uma voltinha.
E mais outra molha em cima do “pêlo”.
E lá fomos nós para mais uma. Prego a fundo direitinho à terra dos touros de morte e da grande fogueira de Natal (já lá estava a
lenha empilhada na praça).
Já em Barrancos foi altura para uma pequena paragem, onde deixámos muitos muggles a olharem para nós…
Só podia. Íamos encharcados e com lama até aos joelhos… Que mau aspecto.
Nota:
Uns meses antes tinha havido em Barrancos um assalto onde meteu troca de
tiros entre os assaltantes e a GNR, tendo morrido um assaltante.
Agora imaginem a cara das pessoas a olharem para nós…
Pausa terminada… Destino - PIPA, um local muito bonito que existe em Barrancos.
Caches GC1Y07G – Pipa (A.n.a. e Coiote) e GC132Q8 - Geol. Time: an Ordovician perspective - DP/EC11 (DanielOliveira)
GC1Y07G – Pipa (1ª parte do log..)
conhecer este local), mas ao pegarmos no gps verificámos que estávamos a 100 e tal metros e um pouco mais baixo do que
deviamos... Ainda tentámos ver se conseguiamos passar as pedras para o outro lado e seguir viagem por ali (junto à água)
mas nada feito.
Ou havia outro caminho ou então teria que ficar para outra vez.
Aproveitámos para fazer a earthcache…
GC132Q8 - Geol. Time: an Ordovician perspective - DP/EC11
no local.. e uma corrente forte do rio... lá estavam os quartzitos..
Bússolas na mão, dos gps e das outras, orientámos as "maquinetas" e cá está.... N..S..W..E.. (queriam saber não?? era o
que faltava, no local logo sabem).
Garanto que os quartzitos estão lá... eu senti-os... (preguei um tombo a saltar para cima de um, que fiquei com as pernas
dentro do rio e as "garras" cravadas nos ditos quartzitos para não ir rio abaixo)
Cuidado...as pedritas molhadas escorregam.
Já agora... obrigado pela lição de pendor's e companhia que tive que saber.
Com dois dedos a darem sinal de vida, as unhas retorcidas e a pensar… “Será que estão partidos??? No fim do dia logo se vê.”
Lá me agarrei ao volante e rumámos até ao fantástico Castelo de Noudar. GCQN5Q – Noudar [Barrancos] (clcortez)
(PS. – Esquecia-me de dizer… Não estava a chover neste momento, mas molhei-me na mesma devida à queda que dei.)
Depois de andarmos entre mato... animalitos daqueles com cornos... e quase com um coice de um cavalo que andava por
ali... Lá conquistámos Noudar, onde tivemos uma maravilhosa recepção... Umas tantas vacas à nossa espera e a pensarem
o que andavam aqueles malucos a fazer por ali e a estragarem o seu momento de pastorío.
O local sem dúvida que é algo de maravilhoso. Um conjunto fantástico.
O castelo magnifico, a serra, os rios lá em baixo.... Sem palavras. Uma vista espectacular, só foi pena o dia estar enevoado
e a chover.
Um local a voltar na primavera para passear e observar toda aquela beleza.
E mais uma molha…
Hora de voltar à Pipa. E tentar encontrar outro caminho para logarmos a cache PIPA.
Depois de uma 1º tentativa falhada... à 2ª foi de vez.Lá tentámos dar com outro caminho mais lá para cima e ... Não é que encontrámos mesmo..
Um caminho um pouco estreito e escorregadio.. principalmente num dia como este, muita chuva (e com pouca
visibilidade...já caia a noite)
Lá fomos nós com todo o cuidado, já que uma escorregadela ali podia resultar numa descida às cambalhotas direitinho ao
rio... ou seja, algo que iria doer..
Ao fim de alguma caminhada e de passar várias vezes pela cabeça... “Lá vou eu escorregar e molhar os pezinhos”
Lá demos com a cache.
Num local algo escorregadio... o que valeu foi o Scout484 ter a mania de andar sempre com cordas atrás...
Sem dúvida que a vista dali é bonita.
Mas o acesso ao local num dia destes ..ui..é de pensar duas vezes.
E para não fugir à regra… estava a chover. Mas como era uma chuva miudinha nem demos por ela.
Como a noite já tinha caído e estava bem escura e com muita chuva, lá decidimos acabar com a procura de caixitas.
E lá rumámos a casa.
Com a adrenalina ao máximo, um sorriso enorme de felicidade por termos passado um dia fantástico, e a comentarmos que a
pancada do geocaching é algo de formidável. Pois embora se leve “tareias” de quedas, molhas, subidas e descidas, corridas para
fugir à chuva… blablabla… acabamos por estar cansados mas cheios de vontade de repetir. O que nos leva logo a dizer… “Qual
é o próximo dia?”.
É verdade… já me esquecia.
Para terminar o dia. No caminho a casa, debaixo de uma chuva enorme, e depois de tanta aventura durante o dia todo, ainda
conseguimos apanhar um susto enorme.
Apanhámos um lençol de água (lama) enorme na estrada, que cobriu o cachemobil TT completamente, o que fez com que
deixássemos de ver a estrada e ter a noção de onde estávamos, se na estrada ou no meio do campo.
Os risos que se ouviam na viagem desapareceram rapidamente e os quatro ficamos muito caladinhos a pensar… “Lá vamos nós
desta para melhor”.
E o mais chato é que deixávamos de procurar caixitas… “Será que lá em cima há caches???”
E aqui ficou um relato de uma situação de grande diversão.
Um dia a não esquecer.
GZ Portugal - Edgar Silva (Geokolob) (vencedor de uma assinatura por 6 meses da revista GZ Portugal)
Log que deu mais gozo fazer até hoje
GeoKolob found
Floresta Tenebrosa
#197 - A Floresta Tenebrosa e o seu mundo invisível. (1/2)
Depois de um de trabalho bastante stressado dois amigos, o GeoKolob e o Luventura, resolveram dar uma volta para desanuviar um pouco. Como trabalhavam perto da Serra de Sintra, resolveram pegar no carro e procurar um local na serra onde poderiam fazer a bela de uma caminhada.
Feito isto e depois de escolhido um local que lhes pareceu bastante agradável, um caminho de terra batida por meio de uma floresta densa, lá resolveram estacionar carro à beira da estrada e seguiram o restante a pé por esse caminho.
Era a primeira vez que estavam neste local, como tal, nesta altura ainda não sabiam que o local escolhido era a mística “Floresta Tenebrosa” e o seu conhecido Mundo Invisível. Tantas histórias já haviam sido contadas sobre esta floresta, mas eles não conheciam nenhuma delas.
Após iniciarem a sua caminhada e enquanto desfrutavam do passeio, ao mesmo tempo que colocavam a conversa em dia, o GeoKolob conheça a ouvir sons estranhos. Pareceu-lhe então que estavam a ser seguidos… no entanto nada mencionou pois poderia ser apenas uma falsa ilusão oriunda de seus medos mais profundos, ou sinais causados pelo stress de um dia de trabalho bastante complicado. No entanto, à medida que caminhavam os sons foram-se intensificando e desta vez foi o Luventura que sussurrou baixinho “acredito que estamos a ser seguidos”. O medo apoderou-se deles… os sons afinal não eram nenhuma falsa ilusão mas sim uma realidade. Tentando perceber melhor o que se passava olharam para trás, mas de nada conseguiram aperceber-se. Resolveram então entrar pela floresta tentando ficar escondidos e perceber se alguém ou alguma coisa passava por eles!
Enquanto assim permaneciam, quietos e atentos, prestaram atenção a todos os sons ou indícios que lhes pudessem fazer compreender o que se passava. Após algum tempo no mais puro silêncio um som estrondoso ecoou por toda a floresta fazendo-os abandonar o seu esconderijo, desatando a correr, floresta adentro sem olhar para trás. Após alguns minutos a correr o Luventura exclama: "Há ali um carreiro!”. Quando o alcançaram, verificaram que ele não se enganara: via-se claramente o começo de um carreiro que subia, com muitos ziguezagues, e desaparecia no cume do monte. Nalguns pontos estava quase apagado, ou obstruído por árvores caídas, mas via-se que em tempos tinha sido muito utilizado. Era um carreiro feito por braços fortes e pés pesados... Junto ao carreiro foi encontrada a indicação: Devem saber ler os sinais de outros viajantes, devem perceber o que as árvores nos dizem. O carreiro esconde-se no arvoredo, é escuro e tenebroso. Húmido. Em alguns sítios parece desvanecer-se, mas se forem justos e corajosos o trilho mostrasse e encontrarão um tesouro que vos indicará a maneira mais segura de voltarem para casa!
Apesar de estranho resolveram seguir pelo carreiro na ânsia de encontrar a solução para poderem voltar para casa são e salvos. Até então ainda não se tinham apercebido do que se estava a passar. Se de facto os sons os incomodavam e amedrontavam, também é verdade que nada conseguir ver à sua volta… parecia que os sons ecoavam neste mundo real, mas vindo de outra dimensão, de um mundo invisível.
Que sons eram esses? Que floresta era aquela? Onde é que afinal estavam? Apesar de não conseguirem para já responder a esta questão, seguiram carreiro a cima, na esperança que o dito “tesouro” tivesse a resposta.
Seguindo todas as indicações chegaram ao cume do monte. Tinham perdido a noção do tempo, mas o sol já se punha no horizonte. E que belas paisagens tinha aquele lugar. Ao serem arrebatados por estas maravilhosas paisagens, quase se esqueciam do seu principal propósito: encontrar o tesouro para poderem voltar para casa!
(Cotinua...)
GeoKolob posted a note for
Floresta Tenebrosa
(2/2)
Lendo “os sinais de outros viajantes”, principalmente a inscrição na rocha deixada pela viajante “LauraBrava” que dizia: sentem-se numa pedra, apreciem a vista, e ela acaba por se revelar, o “tesouro” acabou por se revelar! Com a sua descoberta entenderam então onde se encontravam e que mundo invisível os rodeava. No entanto, para verem com os seus próprios olhos teriam que seguir a indicação que encontram a garrafa mágica com um líquido transparente, no rótulo a seguinte indicação: Bebam uma gota deste líquido transparente para se tornarem invisíveis e fazerem coisas nunca antes vistas! Atrevam-se a conhecer um mundo oculto! Também na caixa existia um mapa com o caminho que deveria ser seguido para conseguirem voltar em segurança para o conforto dos seus lares.
Após ponderar os pós e os contras chegaram à conclusão que não tinham nenhuma outra alternativa se não a que se lhes apresentava. Bebendo o líquido, apesar de fisicamente não terem sentido mais do que algo fresco a chegar-lhes ao estômago, a transformação do mundo à sua volta foi incrível. Vislumbraram um mundo invisível, como se tivessem sido transportados para outra dimensão. Viram Trolls que se confundem com pedras, ou pedras que se confundem com trolls, Orcs e Anões… e mundo tão incrível que as palavras não conseguem descrever…
Foi então que viram um letreiro que dizia “CUIDADO COM O DRAGÃO ADORMECIDO” e, prestando atenção, repararam que à saída do carreiro, perto do tesouro, repousava um dragão com a cabeça deitada no solo, um olho bem aberto a espreitar. E mais uma vez uma nova indicação: Retirem o tesouro, façam os logs, registem a vossa presença e apreciem a vista. Mas não se demorem, pois o dragão, esse, não é uma pedra. Parece adormecido, mas os dragões são seres inteligentes, espertos, fortes e pode muito bem só estar adormecido.
Aquele era a sua deixa, era chegada a hora de abandonar esta Floresta Tenebrosa e o seu Mundo Invisível. Seguindo o mapa rapidamente se encontravam de novo perto do carro e fizeram o regresso sem mais sobressaltos. No entanto o que haviam vivido jamais seria esquecido.
Quem agora acreditaria na sua história? Não sabemos, no entanto eles sabiam que era real e que a tinham vivido! A Floresta estará lá para dar essa resposta aos mais audazes e corajosos…
TFTC
Parabéns aos vencedores!