Modo de medição Ponderado ao Centro
Neste modo de medição de luz, o processador da máquina irá interpretar a luz medida pelo fotómetro dando maior importância ao centro da composição mas dando também alguma importância, ainda que pouca, ao resto da área. Tipicamente a importância será de 75% ao centro e 25% no resto da composição perdendo a sua importância conforme se aproxima dos limites.
Deverás utilizar este método de medição quando o teu assunto ocupa uma grande área da composição como um retrato, por exemplo. Este método poderá ser também o ideal se o teu assunto se encontra no centro da composição.
- A principal vantagem da medição de luz ponderada ao centro é que permite um controlo mais ou menos simples na definição da compensação de exposição, um assunto que irei abordar num dos próximos artigos.
- Se não fizeres um juízo adequado na (tal ainda não falada mas que não vais stressar) compensação de exposição, um cenário com áreas de grande luz, o céu por exemplo, pode resultar em regiões da fotografia sobre-expostas. Certamente já viste fotografias com um bom equilíbrio de luz nos assuntos, por exemplo uma pessoa numa ravina, e a área ocupada pelo céu extremamente exposta (“queimada”).
Modo de medição Pontual
Repara nas marcas que vão aparecendo nestas imagens fazendo lembrar as miras da RTP. Quando espreitas pelo visor da tua DSLR irás encontrar umas marcas/miras mais ou menos semelhantes (estas são da minha D90) e que podem ser selecionadas com o cursor do equipamento (será necessário referir RTFM?) de forma a fixar determinado “rectângulo” – este é o Ponto.
Na medição pontual o equipamento apenas irá ler a luz que esteja dentro deste pequeno rectângulo selecionado, cerca de 3,5% da área da composição, sendo tudo o resto simplesmente ignorado.
- A medição pontual é ideal para os assuntos que possuem grandes diferenças entre sombras e claros ou para os trabalhos que exigem precisão na medida como é o caso das macros, por exemplo.
- Apesar da medição da luz ser extremamente precisa, um pró deste método, o contra aparece quando a composição apresenta grandes variações de luz. Para ultrapassar esta questão a solução poderia passar por utilizar uma técnica designada por Bracketing que consiste em fotografar o mesmo assunto com valores de exposição ligeiramente superiores e outras ligeiramente inferiores às definições atribuídas, isto claro, para além da exposição que indicas.
Modo de medição Parcial
Este método de medição é um poço semelhante ao método de medição ponderada ao centro mas com a nuance que a medição é ligeiramente expandida ao ponto medido, mais ou menos a mistura da medição pontual com a ponderada no ponto selecionado. Conta com uma exatidão da medição em 10% da área contra os 3,5% da medição pontual.
O lado positivo deste método é que podes corrigir a exposição do teu assunto mas por outro lado existe o risco do fundo ficar sobre-exposto. A principal vantagem é a de poderes medir corretamente uma região em particular.
Modo de medição Matricial
Esta é a forma de medição mais simples de utilizar e a normalmente predefinida pelas configurações de fábrica. Dependendo do equipamento, a medição utiliza diversos segmentos de medição (normalmente 6 mas podem ser superiores a 16 nos modelos mais sofisticados).
Sem dúvida alguma que este método é o mais versátil especialmente quando não existem grandes variações de luz como a fotografia de paisagem.
O lado negativo, para além da falta de alguma precisão comparada como outros métodos, é a possibilidade do fotómetro ser “enganado” em assuntos mais iluminados.
Notas finais
Como observas é crucial que saibas medir corretamente a luz de forma a obter excelentes resultados. Recorda as diferenças na utilização das três variáveis da exposição (Abertura,. Velocidade, ISO) e utiliza-as de acordo com o que desejas.
Se desejas uma paisagem nítida, deves utilizar a menor abertura possível para maior profundidade de campo, menor sensibilidade ISO para ausência de ruído e, por último, utilizado a medição matricial (método padrão) observas a escala e regulas a velocidade até que a agulha aponte para o zero na escala de exposição. Obviamente, neste exemplo, corres o risco de ter de trabalhar com velocidades muito baixas pelo que há a necessidade de utilizar um tripé e, já agora, como não existe flash com capacidade de iluminar a montanha que vês a 20 kms de distância, desliga-o lá.