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12 October 2012 Written by  António Almeida

Histograma

Há algum tempo que não escrevo por aqui sobre fotografia, tanto que a última vez parece ter sido já no século passado. Agora, e como os dias estão cada vez mais pequenos havendo menos tempo para Geocaching e mais tempo para outra coisas, não irei escrever sobre o Triângulo da Exposição, a Profundidade de Campo ou tão-pouco do Flash de Preenchimento, noções de fotografia tão antigas quanto os trabalhos do Ansel Adams, pelo contrário trago-te uma ferramenta tornada disponível na recente idade da fotografia digital – o Histograma.

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Vou partir do principio que não fazes a mais pálida ideia sobre que raio é isto do histograma pelo que o melhor é começar o artigo do zero absoluto e ir avançando até ficares de tal forma maravilhado com esta ferramenta que só não casas com ela porque provavelmente já estás comprometido ou então defendes o celibato.
Observando uma imagem digital com extrema atenção tudo o que vez é um conjunto de pontos nas mais variadas cores e tonalidades, os píxeis. Normalmente esta é a primeira característica apresentada na descrição de cada um dos equipamentos, o número de píxeis disponibilizados pelo sensor, por exemplo 16 MP (Megapixéis = Milhões de Píxeis = Milhões de pontos).

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Histograma?

Megapixéis à parte porque pertence a outra história, o histograma não é nada mais nada menos que a representação sobre a forma de gráfico uma contagem do número de píxeis existentes na composição nos diferentes níveis de brilho ou, se preferires, a gama de tons.
O histograma mede este brilho numa escala de 0 a 255 sendo que o 0 representa o preto puro e, pelo contrário, o 255 representa o Branco. Os restantes valores são as tonalidades intermédias pelo que é fácil compreender que os meios-tons da imagem se encontram no centro do gráfico ladeados à esquerda pelas sombras e á direita pelas altas luzes.

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Então, perguntas tu, para fazer a fotografia ideal tudo quanto necessito é ter um histograma com os meios-tons mais altos em queda para ambos os lados como se representa-se uma montanha? Uhmmm, Nim!
Numa boa parte dos assuntos poderias dizer que sim, mas nem sempre isto acontece e existem diversas situações que o demonstram, mas já lá vamos.

Exemplificando

O histograma anteriormente apresentado é a leitura da primeira imagem, um prado de papoilas ali bem perto de Brinches, Serpa. Consegues facilmente observar que a fotografia é essencialmente composta por meios-tons com as altas luzes e sombras bem. Agora observa as imagens que estão a rodar na composição seguinte e no respetivo histograma. Na fotografia subexposta a exposição foi insuficiente e o histograma está todo encostado às sombras. No lado oposto, a fotografia sobre-exposta, como o próprio nome indica teve uma exposição excessiva e o histograma está todo encostado às altas luzes.

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A fotografia subexposta resulta duma medição incorreta da luz. Um cenário possível seria fazer uma medição pontual da luz na zona do céu a qual resultaria numa leitura errada sobre-expondo a composição. Após a captura, e lendo o histograma facilmente observarias que cometeste um erro de leitura e fazias uma segunda medição de forma correta.
Na fotografia sobre-exposta, que também resulta de uma medição incorreta da luz, pode suceder se medisses a luz nas papoilas mais próximas. O fotómetro iria interpretar esta leitura e aconselhar uma maior exposição. Tal como anteriormente, a leitura do histograma indicar-te-ia que algo não estava correto.

Mas, tal como respondi com o meu “Nim” à tua hipotética pergunta do histograma perfeito, um histograma colado às sombras ou às altas luzes não implica necessariamente uma incorreta exposição.

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Como seria esperado, a fotografia do Luar visto por entre uma oliveira deve apresentar um histograma colado às sombras tal como uma fotografia dum pinhal na Serra Nevada coberto de neve deverá apresentar um histograma colado às altas luzes.
O ideal será que a fotografia apresente um histograma que espelhe o que desejas capturar evitando que o mesmo rebente, isto é, que seja abruptamente cortado à esquerda ou direita. Dentro do possível, deves procurar que existe algum “espaço”nos extremos do histograma.

Notas finais

Notas

Procura no manual do teu equipamento como poderás ativar a apresentação do histograma e estuda-o de acordo com os teus trabalhos. Irás rapidamente aprender a estimar esta preciosa informação e dar-lhe uma enorme utilidade.
Ainda tens dúvidas sobre o histograma? Consulta este tópico dedicado ao assunto e vamos discuti-las.



5 comments

  • Comment Link Aurélio Gomes 18 October 2012 btt

    muito bom e simples. Já conehcia alguma coisa deste histo mas não o gramo. A ver se agora lhe dedico alguma atenção e fico a gostar mais

  • Comment Link vsergio 12 October 2012 vsergio

    Está tudo muito bem, mas eu prefiro o Instagram... 8)

  • Comment Link Oscar Migueis 12 October 2012 migueis

    Sempre quis conhecer este tipo! O Histograma :D

  • Comment Link FloraCardoso 12 October 2012 Lusitana Paixão

    Muito bom António!
    Logo quando chegar a casa vou já pedir o meu histograma em namoro ;)

  • Comment Link Paulo
Hercules 12 October 2012 paulohercules

    Claro, preciso e conciso!
    Muito obrigado pela lição.

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