Mensagem de Boas Vindas:
Esta edição do Açores Report é dedicada ao projeto Furnas LandsLab, ao longo do qual existe um power trail (PT) de caches, que tem por objetivo dar a conhecer aquele interessante projeto. Este PT, composto por onze caixas, brevemente será complementado por uma cache “bónus”. O projeto nasceu de uma proposta efetuada pelo próprio projeto, através do CMIF (Centro de Monotorização e Investigação das Furnas), entidade tutelada pelo Parque Natural de São Miguel/Azorina. Este PT é da responsabilidade dos geocachers Palhocosmachado e Pedro.b.almeida, com a colaboração do investigador Dário Melo. Sugere-se o percurso ser feito de uma forma circular, sendo o percurso constituído pelo trilho do Pico do Ferro, pelo percurso “interior” no planalto e pelo trilho da Grená, estimando-se o conjunto, ter uma duração de cerca de três horas.
Como habitual, este Açores Report, também divulga os eventos realizados nos Açores, durante este mês de maio, bem como as caches publicadas neste região autónoma, no mesmo período.
Luis Filipe Machado e Pedro Almeida
Geocaching na Ilha de S. Miguel
FURNAS LANDSLAB
TRILHO DO PICO DO FERRO - CACHES 1 - GC5PF0M e 2 - GC5PF17
Os trilhos pedestres são os mais utilizados, nesta vertente procura-se que os novos trilhos façam ligação com os atuais, permitindo aos utilizadores ter diversas opções de circuitos circulares, com graus de dificuldade e duração diversificados. Os novos trilhos passam por pontos de elevada beleza paisagística ou cultural, como é o caso do trilho da Grená que segue ao longo da cratera superior da Lagoa das Furnas e passa também nas ruínas da antiga casa senhorial (Grená), onde ainda persistem alguns traços das matas ajardinadas que a circundavam. O trilho Furnas LandLab, na zona do Pico de Ferro, pretende dar a conhecer as diferentes intervenções que têm vindo a ser realizadas no terreno, passando por vinte pontos de interesse e tendo um guia que apoia a interpretação da paisagem e intervenções realizadas.
De forma a melhorar as condições dos trilhos existentes têm sido instaladas novas estruturas em madeira, como são as eco-WC’s, bancos rústicos, pontes, corrimões, degraus e abrigos de montanha, para que os amantes do pedestrianismo possam ter mais conforto durante as suas caminhadas, particularmente tendo em conta o instável clima das Furnas. Foram também instalados pontos de registo para os utilizadores.
Cache 3 - GC5PF1X - Laboratório da Paisagem
O aumento de consciência ecológica e a visível degradação da paisagem, em termos estéticos e ecológicos, na massa de água e nas terras envolventes de uma zona tão emblemática das ilhas e um hotspot do turismo açoriano, foi o motor da criação de uma legislação rigorosa. O Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas (POBHLF) tem como objetivo principal a recuperação da qualidade da água da lagoa, cumprindo-se assim a Diretiva Quadro da Água.
As principais linhas de orientação do Plano de Ordenamento que guiaram todas as ações implementadas foram: reduzir as cargas afluentes à lagoa; aumentar a biodiversidade; salvaguardar a sustentabilidade dos rendimentos; diversificar e consolidar a base económica local.
Assim nasceu o Laboratório de Paisagem das Furnas (Furnas LandLab), que obedece às medidas do POBHLF e da Área de Paisagem Protegida das Furnas. A qualidade da paisagem e a sustentabilidade em todas as vertentes – ecológica, económica, social, cultural e estética – é o seu paradigma de referência. O Laboratório de Paisagem é o homólogo dos parques tecnológicos, mas vocacionado para o campo das Ciências Naturais. Em vez de laboratórios e escritórios num edifício, existem canteiros e talhões experimentais ao longo da paisagem.
A Fundação PT, foi plantada uma área de um hectare (100m X 100m) que se denomina o PTLogo, e que é uma representação no terreno do logótipo da empresa. As áreas azuis deste logo foram plantadas com cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), uma espécie endémica cujos rebentos anuais são de coloração azulada. É uma parceria que envolveu diretamente cerca de 70 funcionários da PT e respetivos familiares numa ação de voluntariado e Teambuilding. A divulgação desta ação no seio do grupo PT, deu a conhecer este projeto e o Furnas LandLab aos 10.000 funcionários da PT presentes no Pavilhão do Atlântico para o jantar de Natal de 2010. O cedro-do-mato é uma espécie de crescimento relativamente lento, mas têm sido realizados cortes de erva que já permitem visualizar o logótipo da PT, apesar de as árvores ainda não terem a dimensão necessária, para esse efeito. Atualmente o PTLogo já é visível através do GoogleEarth, ou do topo dos domos vulcânicos adjacentes.
Cache 4 - GC5PF2E - Floresta Encantada
A Floresta Encantada composta por Quercus Robur, Castanea Sativa, Chamaecyparis lawsoniana, Liquidambar styraciflua, Cryptomeria japónica teve como objectivo primordial demonstrar a produção florestal em que dominam os povoamentos geridos segundo o “close-to-nature silviculture”, alternativas complementares à predominante monocultura da criptoméria. Esta pequena diversidade teve um impacto considerável na habitabilidade desses povoamentos florestais, atraindo uma fauna mais variada, particularmente a avifauna.
Outra forma de demonstrar a multifuncionalidade desta floresta passa pela inoculação dos talhões com fungos, criando micorrizas capazes de produzir cogumelos comestíveis de elevado valor comercial. Este tipo de floresta e gestão contrasta fortemente com o atual modelo de gestão florestal dos povoamentos de criptoméria que, devido à sua ecologia e baixo valor comercial, implicam o corte raso em extensas áreas, com os consequentes problemas ecológicos e estéticos.
Cache 5 - GC5PF3Q - Serpentina
Uma parcela de aproximadamente 900m2 foi cedida à Associação de Jovens da Ribeira Chã, onde esta associação realizou uma plantação de serpentina, com o objetivo de a cultivar para a sua transformação e comercialização. A Serpentina (Arum italicum) foi introduzida nas ilhas, para o uso alimentar em forma de farinha, extraída do tubérculo. A farinha de serpentina é muito apreciada e faz parte da gastronomia da Ilha de São Miguel, particularmente na freguesia da Ribeira Chã, mas também no Concelho da Povoação, sendo usada especialmente para a confeção da sobremesa “papas de serpentina”.
Através deste apoio ao cultivo de serpentina, e produção de farinha para uso alimentar, visa-se reavivar tradições antigas; a promoção dos valores culturais e a diversificação e consolidação da base económica local, sendo estas algumas das principais linhas mestras de orientação do Plano do Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas (POBHLF).
Cache 6 - GC5PF47 - Os Arboretos do Reinfforce
Estes correspondem a áreas onde foram plantadas árvores de várias espécies, com inúmeras proveniências por cada espécie, que integram uma rede europeia que pretende estudar as alterações climáticas na costa atlântica Europeia. Nas Furnas foram instalados dois arboretos, um de pequena dimensão (solos pobres), e outro de grandes dimensões (solos ricos) já com cerca de 13 ha. Estes arboretos são monitorizados todos os anos, sendo todas as plantas medidas, e avaliadas as suas condições fitossanitárias, para comparação com os arboretos instalados nos países parceiros. Os arboretos além de permitirem o estudo dos efeitos das alterações climáticas como parte da rede do Reinfforce, possibilitam também o estudo de espécies florestais alternativas, mais sustentáveis ecológica, económica, social e esteticamente do que a atual monocultura da criptoméria.
Cache 7 - GC5PF4F - International Congress and Convention Association (ICCA)
O Capítulo Ibérico da ICCA realizou a sua convenção anual em Abril de 2013 em Ponta Delgada, e escolheu o galardoado Furnas LandLab para a realização de uma ação de teambuilding para que o evento ficasse associado a uma intervenção de responsabilidade social e ambiental. Projetou os Açores no universo ICCA através da divulgação e apresentação do ICCA Google, numa candidatura conjunta aos ICCA’s Best Marketing Awards. A ação de teambuilding consistiu na plantação do logótipo ICCA, pelos membros desta organização internacional, numa dimensão visível a partir do Google Earth (30 m de diâmetro).
As espécies utilizadas foram o cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), urze (Erica azorica) e o folhado (Viburnum treleasei). Como foi usado geotêxtil na marcação da sigla e das figuras do logotipo, ao fim de um ano este já era visível, aquando da atualização das fotografias do Google Earth.
Cache 8 - GC5PF5C - MIT GREEN ISLANDS – WOODY BIOMASS/ Pomares de Uva-da-Serra
Este é um ensaio que tem como objetivo estudar o potencial de várias espécies arbóreas (nativas e não nativas) para a produção de biomassa. As espécies plantadas com diversas densidades e em diferentes tipos de solos, estão a ser estudas pelo Departamento de Biologia da Universidade dos Açores para avaliar os incrementos de biomassa útil anual. Na paisagem ganha-se ao manter o carácter permanente de povoamentos jovens, pois este tipo de plantações é mantido em rebentamentos de toiça, enquanto as florestas circundantes vão envelhecendo. A nível económico esta possibilidade permitiria uma maior independência energética dos Açores quanto a combustíveis fósseis.
A uva-da-serra é o nome dado ao mirtilo endémico, Vaccinium cylindraceum, anteriormente uma das espécies que ocupava várias áreas naturais de altitude, onde a água existe em abundância. Esta espécie arbustiva persistia até há poucos anos apenas em alguns locais remotos da paisagem das Furnas em tímidos grupos enfraquecidos. É uma espécie com flores bonitas e com a rebentação de Primavera avermelhada.
Foram plantados dois pomares (replicados em solos pobres e solos ricos) com 800 unidades genéticas identificadas, às quais nas suas imediações acrescem pequenas áreas com outros mirtilos plantados sem delineamento experimental. A intenção é acompanhar o crescimento de cada unidade genética e a respetiva produção de frutos quer em quantidade, quer em qualidade (sabor, dimensão e antioxidantes), procurando selecionar as melhores plantas para que se estabeleçam novos pomares produtores de frutos, com recurso a plantas selecionadas.
Cache 9 - GC5PF5V - SATA Forest
Transportadora aérea regional SATA, foi criada a SATA Forest que tem vindo a ser plantada com o apoio dos colaboradores do grupo SATA. Numa das poucas pastagens das Furnas que não sofreu terraplanagens e que apresenta um micro relevo irregular, foi projetado com o apoio de ateliers consultores de arquitetura paisagista, um coberto arbóreo composto por grupos de diferentes espécies. O conceito é que cada destino da SATA seja plantado com uma espécie típica do mesmo, havendo uma distribuição espacial dos diversos destinos nesta pastagem de 12 hectares. Simbolicamente o primeiro destino a ser plantado foi a ilha de São Miguel, com uma das espécies arbóreas mais ameaçadas da flora nativa, a ginjeira-brava (Prunus azorica).
Caches 10 - GC5PF67/11 - GC5PF6K – Grená
No ano 1858, o cônsul inglês, de nome Vines, iniciou a construção da sua propriedade (casa e jardim) que acabou por se chamar Grená. O nome da propriedade derivou de a sua esposa ter passado a sua juventude numa estância familiar de nome Grená, em Killarney, Irlanda. Após a morte do cirurgião Hinton em 1875, novo proprietário, a Grená passou para Jorge Brown que ao longo de alguns anos a explorou como hotel durante o verão. Ao fim de algum tempo, a propriedade passou a ser alugada pelo Gentleman Farmer José do Canto, enquanto construía a sua casa e compunha a sua propriedade (Ermida de Nossa Senhora da Vitória, Mata-jardim) na margem sul da lagoa. Em 1987 a propriedade foi adquirida pela Presidência da República do Estado Português, estando sobre sua responsabilidade até aos dias de hoje. Durante este período deu-se a infeliz vandalização e degradação, até se chegar ao ponto atual em que restam apenas as ruínas desta antiga casa senhorial.
Palhocosmachado & pedro.b.almeida
Eventos
GC5NW2P - Vamos celebrar!? 15 anos de Geocaching!
Foto rjpcordeiro
Para celebrar o 15º aniversário da colocação da primeira cache o geocacher rjpcordeiro organizou um evento na Reserva Florestal e Recreio do Pinhal da Paz. Apesar das previsões meteorológicas desfavoráveis e o dia não estar muito convidativo, vários geocachers compareceram no local e foi possível efetuar um churrasco com muita comida, bebida e o habitual convívio. Como o owner refere "O calor humano abafou o frio que se fazia sentir".
Foto rjpcordeiro
Em dia de comemoração dos 15 anos do Geocaching o geocacher mcassis organizou um passeio pela natureza em ambiente de boa disposição.
GC5QDMW - Brinde ao Geocaching
O geocacher mcassis propôs, aos presentes no evento, um brinde ao geocaching num ambiente noturno muito agradável.
GC5Q377 - Café... e uma "Fofa"
Foto Team B.I.T.E.
O geocacher mcassis organizou um evento de "pequeno-almoço" com as tradicionais e famosas fofas da Povoação. As fofas são um doce típico da Vila da Povoação, de nome tão atrativo. É um doce de massa fina, tipo éclair, recheado de creme de baunilha e com uma trança de chocolate a enfeitar o topo, sendo de todo impossível comer apenas uma.
Geocaching na Ilha da Terceira
GC5QGAT - 15 Anos de Geocaching
Foto FamilyParreira
Na Ilha Terceira também foi comemorado o 15º aniversário da colocação da primeira cache. Foi o primeiro evento da team Cátia&Noé com a ajuda da Ana e Geodoso.
Foto FamilyParreira
Com muita comida, petiscos, bebidas e jogos à mistura, não faltou a tradicional Alcatra à moda da Terceira que, pelos relatos dos presentes, estava divinal. O evento prolongou-se até ao amanhecer e que de certeza ficou na memória de todos os presentes.
Foto FamilyParreira
O geocacher mcassis organizou um evento de "pequeno-almoço" com as tradicionais e famosas Fofas da Povoação. As fofas são um doce típico da Vila da Povoação, de nome tão atrativo. É um doce de massa fina, tipo éclair, recheado de creme de baunilha e com uma trança de chocolate a enfeitar o topo, sendo de todo impossível comer apenas uma.
Geocaching na Ilha de São Jorge
GC5Q1M7 - Parque Florestal das Sete Fontes
Foto TeamJorgenses
Este CITO foi organizado pelo Parque Natural de São Jorge. Apesar do nevoeiro o objetivo de limpar o Parque das Sete Fontes foi cumprido tendo sido recolhida uma quantidade considerável de lixo.
Foto TeamJorgenses
Geocaches publicadas no Arquipélago dos Açores entre 30 de abril e 29 de maio